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jan
31

O governo divulgou nesta terça-feira a lista das montadoras que ficarão livres do aumento de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) até o final do ano.

A formalização ocorreu após o prazo de 45 dias, prorrogado por igual período, para que as empresas comprovassem conteúdo mínimo regional de 65% nos veículos.

Chinesa Lifan Motors quer aumentar em 10 vezes vendas para o Brasil
Após alta do IPI, carros da Kia sobem até 7,2%
Carro nacional terá redução de IPI em 2013, afirma Fazenda

A portaria publicada no “Diário Oficial da União” traz 18 nomes. As fabricantes, segundo análise do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), atendem os requisitos da nova alíquota do imposto anunciada no ano passado.

A medida vale para veículos com conteúdo nacional mínimo de 65% e para aqueles produzidos nos países que têm acordos comerciais com o Brasil, como o México e os membros do Mercosul. Ou seja, mesmo marcas com fábrica no país, como Ford e GM, terão de pagar alíquota maior para os veículos importados de outros países que não alcançarem o índice.

A produção dessas empresas cumpre ainda, na avaliação do governo, as regras de investimento de 0,5% do faturamento líquido em pesquisa e desenvolvimento, além de cumprir pelo menos seis de 11 etapas de produção dentro do Brasil.

Com o aumento do IPI, as marcas não enquadradas nos critérios de exceção passam a ter alíquota de até 55%. Antes, o imposto variava entre 7% e 25%.

Segundo a portaria, entretanto, as companhias habilitadas estão sujeitas à verificação do cumprimento dos requisitos.

A nova alíquota do imposto foi publicada pelo governo em 15 de setembro, com efeito imediato. Porém, depois de 45 dias, o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou o prazo inconstitucional e garantiu prazo de 90 dias para adaptação das montadoras.

A nova alíquota para os carros importados passou a valer em 16 de dezembro, mas como a maior parte das montadoras tinha estoques, os preços mais altos aos consumidores foram postergados para o início deste ano.
VEJA AS MONTADORAS BENEFICIADAS

Agrale
Hyundai
Fiat
Ford
GM
Honda
Iveco
MAN
Mitsubishi
Mercedes-Benz
Nissan
Peugeot Citroën
Renault
Scania
Toyota
Volkswagen
Volvo
International Indústria Automotiva da América do Sul

Fonte: Folha.com

jan
31

Algumas das maiores empresas mundiais de internet e de finanças desenvolveram uma nova abordagem para combater o spam, com a esperança de reduzir as trapaças on-line e via e-mail.

Facebook, Google e Microsoft se aliaram aos grupos financeiros Bank of America, Fidelity Investments e à divisão PayPal do eBay a fim de criar padrões setoriais que impeçam criminosos de enviar mensagens de spam que parecem ter por origem endereços de e-mail de empresas.

Trapaceiros muitas vezes assumem a identidade de bancos e outras empresas de confiança em seus esforços para persuadir destinatários de e-mail a revelar números de cartões de crédito, informações sobre contas bancárias e outros dados pessoais, ou clicar em links que infectariam seus computadores com software nocivo.

A nova abordagem prevê que os serviços de e-mail e empresas ataquem os praticantes de spam por meio da coordenação do uso de duas tecnologias existentes de autenticação de e-mail, conhecidas pelas siglas SPF e DKIM, que ainda não foram adotadas em larga escala.

O PayPal é uma das empresas que já utilizam as tecnologias SPF (Sender Policy Framework) e DKIM (DomainKeys Identified Mail) para combater trapaças via e-mail, mas apenas por meio de parcerias com o Yahoo! e Google, disse Brett McDowell, gerente de segurança do PayPal e presidente do grupo de trabalho que desenvolveu o novo padrão.

O grupo é conhecido como DMARC.org, ou Domain-based Message Authentication, Reporting and Conformance.

Se o Yahoo ou o Google recebem um e-mail que alega o PayPal como origem mas não conta com a devida autenticação via SPF ou DKIM, a mensagem não é entregue. Mas, caso a mensagem tenha sido encaminhada a outros serviços de e-mail, pode ser aceita.

“O que precisamos é de um padrão para toda a Internet que permita esse nível de proteção em larga escala, sem necessidade de quaisquer discussões ou acordos de parceria”, disse McDowell. “Essa é a proposta de trabalho da DMARC”.

Outras empresas envolvidas no projeto são American Greetings, LinkedIn e Yahoo, além de Agari, Cloudmark, eCert, Return Path e Trusted Domain Project.

Michael Versace, analista de segurança da IDC, disse que a abordagem recomendada pelo grupo parece efetiva e de baixo custo.

Mas ponderou que o setor precisa continuar desenvolvendo tecnologias de combate a spam, prevendo que os cibercriminosos desenvolvam formas de contornar as proteções da DMARC.

Fonte: Folha.com

jan
31

A taxa média de desemprego no país caiu em 2011, passando de 11,9%, em 2010, para 10,5% no ano passado. As informações são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em sete regiões metropolitanas e divulgada nesta terça-feira (31).

Em dezembro, a taxa recuou para 9,1%, ante 9,7% em novembro. Esta é menor taxa verificada desde o início da série histórica, em janeiro de 1998.

No mesmo mês, havia 2,020 milhões de pessoas empregadas no país, 142 mil a menos do que em novembro.

A taxa registrada em São Paulo caiu de 9,5%, em novembro, para 9%, em dezembro, quarta queda consecutiva e o menor número registrado da série histórica.

Em dezembro, o nível de ocupação cresceu 0,6% nas sete regiões metropolitanas. Neste mês, o total de ocupados nas regiões foi estimado em 20,2 milhões, para uma PEA (População Economicamente Ativa) de 22,2 milhões.

A taxa de desemprego apresentou recuo em todas as regiões, com reduções mais significativas registradas em Salvador (recuo de 15,5%, em novembro, para 14,1%, em dezembro), Belo Horizonte (de 5,7% para 5,2%) e Porto Alegre (de 7% para 6,4%).

No Distrito Federal, houve redução da taxa de 11,9% para 11%, seguida por Recife (de 12,8% para 12,2%) e Fortaleza (de 8,2% para 7,7%).

ANO

No ano, na divisão por atividade, o nível de ocupação subiu 2,1%, e verificou alta em quatro dos cinco setores.

Nos serviços, com abertura de 272 mil vagas, alta de 2,6%; no comércio, com 73 mil novas vagas, alta de 2,3%; na indústria (33 mil vagas, alta de 1,1%) e na construção civil (65 mil novas vagas, alta de 5,%).

Em 2011, o total de ocupados nas sete regiões pesquisadas foi estimado em 19,8 milhões de pessoas, para uma PEA (População Economicamente Ativa) de 22,1 milhões.

RENDIMENTO

Em novembro, o rendimento médio real dos ocupados (descontada a inflação) cresceu 0,7% no país, ficando em R$ 1.443. Já o dos assalariados apresentou alta de 1,4%, para R$ 1.506.

Este é a terceira alta no rendimento consecutiva (após oito quedas e estabilidade nos meses de julho e agosto).

Nos últimos 12 meses, o rendimento médio dos ocupados apresentou alta de 0,2% (para R$ 1.412), enquanto a dos assalariados recuou 0,2% (para R$ 1.467).

O rendimento real foi fortemente impactado pela inflação de 2011 (de 6,50%, segundo IBGE), aponta Alexandre Loloian, técnico da Seade.

Fonte: Folha.com

jan
31

Para analistas, combinação de juros altos e risco baixo pode atrair mais capital internacional em busca de um bom retorno em tempos de crise na Europa e nos EUA.
A estratégia de redução da taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, pelo Banco Central pode ter como objetivo evitar a formação de uma bolha de capital especulativo no Brasil.

Na avaliação do economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, com vários investidores no mundo atrás de opções rentáveis para alocar recursos e com um risco relativamente baixo, o Brasil surge com um Eldorado para o mercado financeiro internacional. “O BC está prestando atenção nisto e não irá permitir que esta diferença faça que surja uma bolha por aqui”, afirmou o economista.

taxa Selic vem caindo desde agosto do ano passado, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o processo com os juros em 12,5% ao ano. No último encontro do colegiado do Banco Central, em 18 de janeiro, a taxa sofreu sua quarta queda consecutiva, atingindo 10,5% e, segundo projeções dos analistas do mercado financeiro, deverá continuar caindo ao longo de 2012.
O Boletim Focus, a pesquisa semanal que a autoridade monetária faz junto às instituições financeiras, projeta a Selic em 9,5% no fim do ano. O próprio Copom admitiu na semana na ata da última reunião grandes chances de a taxa ficar abaixo de 10% no fim de 2012. “O Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito”, afirmou o BC no documento.

Na avaliação de Perfeito, o BC introduziu na ata um tema muito interessante, antes ignorado nas ponderações da Gradual sobre os juros. “O descolamento entre o que é praticado no Brasil em termos de juros e o resto do mundo está gerando uma demanda elevada por títulos domésticos e, com esta demanda, a taxa de juros deve cair à força”, segundo o economista.

“Não é segredo para ninguém que os juros no Brasil são elevados, mas a novidade aqui não são os juros, mas a percepção de risco sobre nossa economia que melhorou sensivelmente nos últimos anos seja porque nós melhoramos de fato ou porque o resto do mundo piorou. A questão é que o Brasil está tanto em termos absolutos como relativos melhor do que anos atrás”, acrescentou o especialista da Gradual.

De acordo com o professor de economia do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, Alexandre Chaia, a redução da taxa de juros mostra que o Banco Central e a equipe econômica têm como foco a redução do custo da dívida, uma vez que o governo capta recursos no exterior emitindo títulos do Tesouro que são remunerados pela taxa de juros Selic.

Ascensão social e novo perfil de consumo alteram cálculo de inflação no País

É viável Selic chegar a 9% em 2012, diz Delfim Netto

“O BC está seguindo uma linha mais focada no crescimento da economia e menos no controle da inflação”, disse. “Nesse contexto, reduzir a remuneração que se paga aos investidores significa mais recursos em caixa que podem ser utilizados para investimentos no crescimento da economia”, acrescentou.

Taxa de juros na vida do cidadão comum

O Copom utiliza a taxa de juros Selic como instrumento de controle da inflação por meio da moderação da oferta de crédito e, por consequência, do consumo.

Em um cenário de economia aquecida, a procura por bens e serviços cresce e há dificuldade para a indústria, o comércio e o setor de serviços suprirem as demandas dos consumidores na mesma intensidade do aumento da procura.

Como a demanda e a oferta não têm o mesmo ritmo, os preços acabam subindo, gerando inflação.
Quando eleva a taxa básica da economia, o BC busca estimular a poupança interna e conter a expansão excessiva da demanda por bens e serviços.

No sentido oposto, quando inicia um ciclo de corte na taxa de juros a autoridade monetária sinaliza um maior estímulo para a expansão do consumo, como por exemplo, para evitar impactos de uma recessão que possa ser gerada por efeitos da economia internacional ou pelo próprio ritmo da economia local.

A próxima reunião do Copom acontece nos dias 6 e 7 de março. A expectativa dos analistas é de que a autoridade monetária promova um novo corte na taxa de juros, levando a Selic para 10% ao ano.

Fonte: IG

jan
31

As vendas de carros e comerciais leves vão bater um novo recorde em janeiro. As vendas diárias até a última sexta-feira já são consideradas as melhores da história para o primeiro mês do ano: foram vendidos nos 20 primeiros dias úteis do mês 11.250 unidades por dia, contra 10.946 de janeiro do ano passado.

Faltando dois dias úteis para encerrar o mês, hoje e amanhã, as vendas já atingiram 225 mil unidades, e podem chegar a 255 mil até quarta-feira, com 11,5 mil/dia. Mesmo que não atingir esse número, já é certo que este será o melhor janeiro da história.

A previsão de crescimento em relação a janeiro do ano passado – com base nas vendas até sexta-feira – é de cerca de 10%.

Como em todo mês de janeiro, o ranking por marcas está tendo mudanças importantes. A principal delas é a queda da Fiat e a liderança da GM.

Líder pelo décimo ano consecutivo no ano passado, a Fiat está parcialmente na terceira posição, atrás da Volks, segunda colocada, e da GM, que é a líder até aqui, com 21,1% de participação.

Outra mudança em relação ao ano passado é o crescimento da Nissan, que deve fechar o mês na sexta posição. Em 2011 foi a décima segunda colocada. Mudança também entre as duas principais chinesas, que mudaram de posição: 14ª colocada, a Chery está na frente da JAC.

Os números são parciais. O balanço do mês será anunciado quinta-feira.

Fonte: UOL Carros

jan
30

Para o banco, Itaú e Bradesco já subiram bastante em Bolsa. Agora é a vez de optar por Banco do Brasil e ações de menor liquidez.
O JP Morgan rebaixou, em relatório de hoje, sua recomendação para as ações de Itaú e Bradesco, de overweight (posição acima do mercado) para neutro. No trabalho, os analistas afirmam que os investidores devem trocar essas ações por Banco do Brasil e selecionar algumas opções de liquidez menor (small caps) que estão negociando com desconto (Banrisul, ABC Brasil, Brasil Insurance) como maneiras de adicionar potencial de ganho à carteira.
Apesar de correr o risco de ainda ser prematuro, o JP Morgan diz que Itaú e Bradesco já subiram em Bolsa o que podiam. Em contraste, e a despeito de existiram alguns ventos contrários (riscos políticos e ganhos menores da Previ), a valorização atual do BB sugere um perfil de risco-retorno significativamente assimétrica ao desempenho da ação nos últimos 18 meses. OU seja, há mais espaço para ganhos.

“Banco do Brasil é nossa top pick”, diz o JP. O banco ressalta que não tem mais uma “preferência sistemática” pelas grandes instituições financeiras brasileiras, mas diz que, apesar disso, ainda prefere os grandes bancos brasileiros na comparação com outros potenciais compradores do mercado.

Segundo o JP, desde que o Banco Central começou com sua política de alívio monetário, em 30 de agosto de 2011, Itaú e Bradesco já subiram 28% e 20% em Bolsa, respectivamente. “De fato, Bradesco é atualmente a ação de melhor performance em nosso universo de cobertura desde 2010.” Dadas essas performances, o JP não acredita que ambos os papéis possuam mais potencial de alta para oferecer.

Nesse caso, Banco do Brasil e small caps aparecem como opções de troca. Sobre o balanço do BB, o JP diz que espera um quarto trimestre de 2011 melhor do que muitos esperam. Entre os small caps, Banrisul é o preferido.

Fonte: IG

jan
30

Projeto-piloto em Belém (PA) será testado por seis meses.
Objetivo é tornar mais ágil execução de decisões e acordos judiciais.

O Conselho Nacional de Justiça firmou nesta segunda-feira (30) termo de cooperação técnica para o uso de cartões de crédito e débito no pagamento de dívidas trabalhistas. O objetivo é tornar mais eficiente o processo de execução das decisões e acordos judiciais, com o rápido repasse dos recursos.
Atualmente, após acordo entre as partes ou decisão condenatória, o pagamento da dívida é feito de forma “manual”, através de depósitos bancários, o que torna lenta a transferência do dinheiro.
De acordo com o CNJ, com o uso do cartão de débito, a liberação do recurso é imediata e, no caso do cartão de crédito, será em 30 dias. O arquivamento do processo será feito imediatamente após a impressão dos recibos de pagamento.
Segundo a corregedora-nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, qualquer cartão de crédito ou débito poderá ser utilizado, inclusive cartões corporativos. O dinheiro vai para uma conta judicial virtual do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, conforme escolha do credor, que poderá retirar o dinheiro apresentando identidade em uma agência bancária ou lotérica. Ele não precisa ser correntista do banco onde o dinheiro será depositado.
Eliana Calmon destacou que, mesmo que parcelada a dívida, o credor passará a receber o dinheiro do banco e caberá à instituição financeira cobrar o pagamento do devedor. “Agora o credor sabe que vai receber o dinheiro, porque ele vai receber do banco e o banco é que vai cobrar do devedor”, afirmou.
De acordo com a ministra, atualmente a execução de uma decisão trabalhista pode durar até dois anos, devido à burocracia e o congestionamento dos processos. “Esse programa dará significativa modernidade à Justiça, dada a dificuldade na execução do julgado.”

Projeto-piloto
Com a assinatura do termo de cooperação, será implantado um projeto-piloto em uma das varas do trabalho de Belém (PA), para que o sistema seja testado e aprimorado durante seis meses.
“Vamos implementar, no prazo máximo de seis meses, um projeto-piloto para termos os resultados imediatos. O objetivo a médio prazo é distribuir o sistema para outras varas do trabalho da 8ª Região (Pará). Vamos começar a fazer na 8ª Região e estender para outras na medida que o sistema for solicitado”, afirmou a corregedora-nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon.
Nas transações, os bancos deverão cobrar taxas proporcionais ao valor da dívida. Segundo a ministra, as instituições financeiras que cobrarem percentuais elevados para a utilização do cartão serão dispensadas. Ela defendeu a cobrança de taxa de 1% do valor da dívida.
Se a dívida for paga de forma parcelada e o devedor tiver dificuldades em quitá-la no cartão utilizado, ele poderá renegociar o valor ou utilizar outro cartão.
De acordo com Eliana Calmon, as corregedorias dos tribunais brasileiros precisam “se unir” para reduzir a “burocracia” e o “excesso de processos”. “Unindo as corregedorias podemos ter taxa de congestionamento muito menor. As corregedorias hoje estão trabalhando como ilhas isoladas. Não podemos”, disse.
Além da ministra Eliana Calmon, participam da assinatura do termo de cooperação o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Antônio José de Barros Levenhagen, o presidente do Colégio de Presidentes e Corregedores da Justiça do Trabalho (Coleprecor), desembargador Renato Buratto, o presidente do TRT da 8ª Região (PA), desembargador José Maria Quadros de Alencar; o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, e o vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu.

Fonte: G1

jan
30

Hackers brasileiros do grupo Anonymous divulgaram nesta segunda-feira o inicio de uma ação para tirar do ar sites de instituições bancárias públicas e privadas no Brasil.

Segundo o grupo, a ação batizada de #OpWeeksPayment é um protesto contra a corrupção e será feita ao longo da semana com o intuito de deixar a cada dia um serviço de internet banking fora do ar por pelo menos 12 horas.
Ainda de acordo com o Anonymous, esta semana foi escolhida para as ações, pois concentra dias em que a maioria das empresas fazem o pagamento de salários a seus funcionários e, portanto, quando os sites de internet banking têm maiores demandas de acesso.

Nesta segunda-feira o primeiro alvo foi o site do banco Itaú, que conforme a Folha constatou, ficou indisponível entre as 10h05 e as 10h11, após realizar diversas tentativas de acesso neste período.

As tentativas foram feitas por conexões de três redes diferentes.

Entre as 10h11 e as 10h20, o site passou a funcionar, mas com lentidão.

A assessoria de imprensa do Itaú confirmou por meio de nota que houve indisponibilidade do site do banco por alguns momentos na manhã de hoje, mas não informou os motivos do problema.

O grupo de hackers ainda comemorou a instabilidade do site do banco em seu perfil no twitter.

A Folha apurou ainda que além do primeiro ataque realizado nesta segunda-feira contra o Itaú, dois bancos públicos e dois privados estão na mira dos hackers para novos ataques.

Fonte: Folha.com

jan
30

O Brasil está no radar de novos imigrantes em busca de oportunidades de emprego formal e qualificado. Depois da explosão da crise financeira em 2008 que gerou uma forte recessão na economia norte-americana e abalou os mercados da zona do Euro, o Brasil tem se destacado como uma economia emergente de estabilidade face a onda de desemprego e desaceleração em países do chamado primeiro mundo.
Depois de 2008, o Brasil passou a ser um país de atração não só de investimentos mas também de técnicos, especialistas, consultores, gerentes e empresários, sendo visto como uma “ilha de prosperidade” enquanto na Europa, o cenário de desemprego evidencia a dificuldade de recuperação econômica desses países.
“O Brasil está no radar dessas pessoas, a imigração formal com visto de trabalho e para estudos tem aumentado. Vivemos hoje num país que tem gerado pleno emprego, muitas oportunidades de trabalho num universo europeu com pessoas desempregadas”, explica o coordenador geral de imigração do Ministério do Trabalho, Paulo Sérgio de Almeida.
O número de estrangeiros regulares no país aumentou em 50% de dezembro de 2009 para julho de 2011 – de 961 mil para 1,46 milhão, segundo dados do Ministério da Justiça. Os vistos têm sido emitidos para realização de trabalhos temporários, estudos e pesquisa.
Os maiores aumentos absolutos de estrangeiros regulares no país são de nacionalidades como: portuguesa (de 276 mil para 328 mil, de 2009 para julho de 2011); espanhola (de 58 mil para 80 mil); boliviana (de 35 mil para 50 mil); chinesa (de 28 mil para 35 mil); e paraguaia (de 11 mil para 17 mil).
Vistos para trabalho temporário
Só no período entre janeiro e setembro de 2011, foram concedidas 51.353 autorizações de trabalho pela CGIg (Coordenação Geral de Imigração), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), um aumento de 32,8% em relação ao mesmo período de 2010. A maioria das autorizações, 96% desse total, foram concedidas para estrangeiros com contrato de trabalho temporário no Brasil.
A título de comparação, em 2005, antes da explosão da crise financeira, foram 24.000 autorizações para estrangeiros. Já em 2010, foram 56 mil as autorizações de trabalho concedidas. Num período de cinco anos, o número de vistos de trabalho mais que dobrou.
Os dados de 2011 dão conta até o terceiro trimestre, quando já foi 30% superior ao mesmo período de 2010. O país deve fechar o ano de 2011 com cerca de 70.000 vistos de trabalho concedidos a estrangeiros, em sua maioria, a europeus, americanos e asiáticos – muitos dos quais chineses devido ao aumento da corrente de comércio entre Brasil e China.
Dos europeus, grande parte é proveniente do Reino Unido e de países nórdicos como Noruega, Holanda, e também Alemanha. Mas o ano de 2011 foi marcado pela vinda de profissionais espanhóis e portugueses, fugindo da crise que assola esses países aumentando o cenário de desemprego de muitos profissionais qualificados disponíveis nesses mercado.
Maior qualificação
Um fenômeno interessante tem chamado a atenção das autoridades de imigração: o nível de qualificação. Segundo Paulo de Almeida, que também preside o CNIg (Conselho Nacional de Imigração), dobrou o número de mestres e doutores que desembarcam no Brasil.
Em 2010, foram 476 mestres que entraram no país, esse volume foi mais do que quadruplicado em 2011. Até o terceiro trimestre do último ano, 1.954 mestres deram entrada no Brasil. Já o número de doutores subiu de 112, em 2010, para 153, até setembro de 2011.
As autorizações de trabalho a estrangeiros são em sua maioria de empresas que contratam profissionais estrangeiros, segundo Paulo de Almeida, que vem por conta de situações específicas como compra de equipamento do exterior como embarcações e plataformas da indústria do petróleo que são importadas e vem com tripulantes. “Mais de 90% são desses casos que nós autorizamos”, salientou.
Há também vagas de trabalho no mercado que não conseguem ser ocupadas por profissionais brasileiros e vem estrangeiros para suprir essa carência, “são vagas, em geral, para postos altamente qualificados”.
De acordo com Almeida, o maior crescimento entre profissionais com contrato de trabalho de até dois anos é reflexo do aumento de empresas de origem estrangeira que estão se instalando no Brasil. São empresas multinacionais que trazem inicialmente estrangeiros que detém técnicas e tecnologias, demonstrando também que esta mão-de-obra tem sido altamente qualificada.
Concorrência é grande
O sueco Christian N., de 30 anos, mesmo com qualificação na sua área em engenharia mecânica e administração de empresas, está em busca de emprego no Brasil desde junho de 2011, quando mudou-se com sua companheira brasileira para o Rio de Janeiro.
O jovem europeu que já morou em países como Alemanha e Espanha e trabalhou numa empresa multinacional americana em Luxemburgo e depois transferido para Holanda especializando-se em logística, não tem encontrado a vida tão fácil no Brasil.
Apesar de o mercado brasileiro estar aquecido com oportunidades para estrangeiros, muitos que buscam emprego aqui tem enfrentado dificuldades. Primeiro, a língua, e depois, a concorrência.
“Todo mundo falou que era um bom momento vir para o Brasil, mas aqui é difícil, tem sempre que ter contatos, conhecer alguém para conseguir fazer as entrevistas de trabalho. Tem vagas para se cadastrar, mas é difícil ter retorno (dos empregadores)”, contou Christian ao Opera Mundi que chegou ao país sem falar português, mas hoje já aprendeu a língua e tem um português fluente. O sueco diz que se sente preparado para o mercado brasileiro, apesar da grande competitividade.
O engenheiro conta que já imaginava que poderia levar até um ano para conseguir emprego e se posicionar no mercado. Mas é um pouco frustrante, admite. “O chato é que demora tanto”, disse.
Christian tinha um bom emprego como analista de distribuição na última empresa onde trabalhou na Holanda e recebia 3.700 mil euros, cerca de R$ 8.000. No Brasil, para ocupar esse mesmo posto, ele acha que o salário pode ser mais baixo,
Caso não consiga emprego no seu nível de qualificação, pretende partir para trabalhos que não sejam específicos da sua área ou com um nível menor. “Teria disposição para trabalhar por menos ou em outras áreas. Mas estou ainda tentando na minha”, disse.

Fonte:Opera Mundi

jan
28

A ciência garante: quando o assunto é grana, nosso cérebro costuma nos trair. Entenda o que está errado em suas decisões e cuide melhor das suas finanças

Nem bem o 13º entrou, você já gastou em compras desnecessárias. Ou pior: pegou um empréstimo no banco antecipando o pagamento e, em vez de dinheiro a mais, chegou ao fim do ano com outra dívida. Você não é exceção, mas parte de uma regra cruel cada vez mais estudada por cientistas: ganhar um bônus pode aumentar as dívidas. Não parece racional, mas várias das nossas decisões financeiras não são.

Tendemos a comprar mais quando a loja só permite pagar com cartão. E as vendas de um produto crescem com promoções tipo “leve 4 por R$ 2”, sendo que cada unidade custaria mesmo R$ 0,50. Pois é, se fôssemos sempre lógicos, como explicar levantamentos mostrando que a bolsa tende a subir em dias ensolarados e a cair quando o país é eliminado da Copa do Mundo? (Sim, essas pesquisas foram feitas por professores da Universidade da Califórnia e da Pensilvânia).
Caminhos irracionais de consumo como esses são objeto de estudo da economia comportamental. Em vez de analisar taxas e índices financeiros, ela usa experimentos de psicólogos para entender como decidimos. “A economia tradicional afirma que as pessoas fazem escolhas depois de analisar as possibilidades racionalmente. Mas estudos mostram que, em alguns casos, tomamos decisões intuitivamente”, diz o psicólogo Thomas Gilovich, um dos principais nomes da pesquisa na área.

A maioria dos experimentos sobre o assunto segue uma noção consolidada na psicologia de que nossa mente funciona de duas formas. Uma delas é intuitiva, rápida, automática, se baseia em experiências passadas. Quando perguntam quanto é 2+2, você usa o modo automático. O outro sistema de pensar é mais lento, racional e demanda concentração e esforço para analisar situações. É acionado quando temos de responder quanto é 17×24, por exemplo.

Na maioria das vezes, funcionamos no modo automático, já que ligar o modo mais analítico o tempo todo demandaria intensa atenção e concentração. Isso é bom, caso contrário gastaríamos horas em cada decisão. No modo automático, nossa tendência é chutar uma resposta sem recolher muitas informações, seguindo padrões memorizados pelo cérebro. Como nossa mente é capaz de identificar padrões incrivelmente complexos, a maior parte desses chutes estão certos.
O problema é que esse comportamento inconsciente também cria padrões que nos prejudicam, como o excesso de confiança ao mexer com dinheiro. “Isso ajuda em encontros amorosos ou entrevistas de emprego, mas pode fazer você achar que manja tudo sobre ações após ler algumas notícias ou que vai comparecer tanto à musculação que vale a pena pagar o plano anual da academia”, diz Gary Belsky, especialista em economia comportamental e autor do livro Proteja seu Dinheiro de Você Mesmo. Costumamos avaliar mal os riscos, mudar nossa decisão de acordo com a forma que a pergunta é feita e comprar mais por conta de coisas irrelevantes — cheiros, sons e até a posição do produto na prateleira. “Marqueteiros e vendedores sabem disso há muito tempo e nos manipulam”, afirma o Ph.D. em psicologia Baruch Fischoff, pioneiro da área.

A economia comportamental ganhou espaço depois da crise econômica de 2008. De lá pra cá, um de seus representantes, Cass Sunstein, virou assessor do presidente americano Barack Obama e outro, Richard Thaller, foi chamado pelo governo britânico para palpitar em políticas públicas. Além disso, o prêmio Nobel de economia Daniel Kahneman acaba de lançar o livro Thinking, Fast and Slow (Pensando, Rápido e Devagar, sem edição no Brasil), sua primeira obra sobre o tema para leigos, que entrou nos 10 mais vendidos do jornal The New York Times. Estudiosos defendem que, quando se trata de decisões financeiras, somos induzidos ao erro de tantas maneiras que o governo deveria era interferir, manipulando sutilmente nossas escolhas (veja quadro A manipulação “para o bem”, à frente).

Mas antes que o governo se meta, Galileu reuniu os 10 principais enganos que podem afetar seu saldo bancário. Saiba identificá-los e fuja das armadilhas e golpes de marketing que prejudicam suas finanças. Afinal de contas, o cliente quase nunca tem razão.

1. NÃO CAIA NO CONTO DO “LEVE 4”
Supermercados são diplomados na arte de nos fazer comprar mais do que precisamos. Uma série de estudos realizada de 1998 a 2009 nos EUA mostra que um cartaz de “leve 4 por US$ 2” faz com que o mesmo produto venda 32% do que quando anunciado por “US$ 0,50 cada” — o que dá na mesma. “Associar um número de produtos ao preço funciona com consumidores indecisos”, diz o Ph.D. em marketing Brian Wansink, responsável pelos estudos. O fato de a loja estabelecer um limite de compra (“máximo de 10 unidades por cliente”, por exemplo) também turbina vendas, mesmo sem nenhuma promoção. Quando alguém vai às compras sem ter ideia clara da quantidade, acaba sendo fisgado pela sugestão. Mesmo que não leve 10 produtos, o número, inconscientemente, puxa para cima a avaliação de quantas unidades você precisa. “Usamos pistas ao redor inconscientemente para decidir.” Ruim para o bolso e o meio ambiente — cresce a chance da sua compra estragar sem você ter tocado nela.

O QUE FAZER
Ressuscite a lista de compras e não deixe para decidir na hora quantas unidades vai levar. Os números funcionam mais quando você vai à loja pensando “vou comprar iogurte” em vez de “vou comprar 2 potes de iogurte”.

2. SE OS OUTROS FAZEM, VOCÊ TAMBÉM VAI QUERER
O que os outros pensam importa mais do que você imagina. A conformidade, nossa tendência em fazer o que outros estão fazendo, já foi identificada em diversas pesquisas. Sem perceber, mudamos nosso comportamento para nos adequar. Se amigos compraram aparelhos de blu-ray, a tendência é que você também compre, mesmo que no fim só use pra assistir a DVDs.

Em um experimento de 2007, a cidade de San Marcos, na Califórnia, passou a informar na conta de luz se a pessoa estava consumindo mais ou menos eletricidade que os vizinhos. Quando o consumidor era informado que gastou acima da média, passava a reduzir a despesa. O contrário também aconteceu, e as casas com menor consumo ficaram mais perdulárias que antes.

Seguindo a mesma lógica, o estado de Minnesota, EUA, testou, em 1993, mandar uma carta para parte dos contribuintes informando que “93% da população não sonegava imposto e entregava a declaração em dia”. O grupo que recebeu o recado passou a cumprir mais com as obrigações do imposto, tentando se adequar à maioria.

Anúncios de apartamentos que falam em “90% das unidades vendidas” ou de produtos que “mais de 2 milhões já experimentaram” são uma tentativa de se aproveitar desse instinto. Outra são as listas de livros mais vendidos. Estudos mostram que só o fato de um produto estar entre os mais procurados atrai mais consumidores.

O QUE FAZER
Ignore o seu instinto de manada. As chances de fazer a escolha mais adequada para nós aumentam quando desconsideramos as opções feitas por estranhos.

3. GANHAR BÔNUS PODE FAZER VOCÊ PERDER DINHEIRO
Lembra quando sua mãe dizia “tudo que é difícil tem mais valor”? Por mais estranho que pareça, estudos indicam que dinheiro extra é menos valorizado — e pode prejudicar as finanças.

A tendência é gastarmos pequenos bônus, abonos salariais, restituição do imposto de renda e até o 13o salário de uma maneira mais irracional que o salário. Um dos primeiros a mostrar isso foi o professor de economia Michael Landsberger, da Universidade de Haifa, em Israel, que analisou os bônus mensais recebidos por cerca de 300 israelenses como reparação aos danos da Segunda Guerra. No estudo, as pessoas que recebiam um adicional pequeno (menos de 7% do salário), na média, faziam um gasto adicional equivalente ao dobro do bônus. Ou seja, torravam tudo o que recebiam e ainda passavam a se desfazer de outras fontes de renda. “A conclusão é que um dólar de salário aumenta minha riqueza mais do que um dólar de bônus”, diz Landsberger.

O que acontece, dizem os psicólogos que se dedicam ao assunto, é que fazemos uma contabilidade mental e rotulamos de “dinheiro fácil” a grana que vem inesperadamente. Por fim, tratamos esse extra com menos cuidado. Na prática, R$ 100 ganhos numa raspadinha não parecem ter o mesmo valor que R$ 100 do nosso salário. Embora, racionalmente, isso não faça nenhum sentido, é bom refazer as contas.

O QUE FAZER
Um real de dinheiro que “cai do céu” tem o mesmo valor de um real do seu salário. Se você não quer gastá-lo de maneira irracional, coloque a quantia imediatamente em uma aplicação. É uma maneira de transformar o tal dinheiro fácil em investimento.

4. FUJA DAS ARMADILHAS DE MARKETING
Uma propaganda não força ninguém a fazer algo que não queira, mas a ciência mostra que nossas decisões de compra são bastante influenciadas pelo marketing. A música ambiente, o perfume da loja, e a disposição dos produtos são pensados para fazer com que consumidores gastem mais. Num levantamento, pesquisadores de Harvard, Yale e Princeton tentaram descobrir que mensagem seria mais eficaz para estimular clientes a tomar empréstimos em um banco. Foram 50 mil cartas, com pequenas diferenças — corte de 5 pontos porcentuais na taxa de juros, chance de concorrer a prêmios. O que deu mais resultado? Colocar, no fim de uma carta para um homem, a foto de uma funcionária bonita. “Há anúncios simples que funcionam imperceptivelmente. Muitos nem sabemos como nos fazem aumentar o interesse”, diz o Ph.D. em psicologia Eldar Shafir, autor do estudo e um dos maiores especialistas do mundo em economia comportamental. Se funciona com empréstimos, imagine com cerveja. Entendeu agora por que quase todas usam gostosonas?

O QUE FAZER
Não dá pra ser imune ao marketing. Mas evite tomar decisões após ver um anúncio. Faça listas de prós e contras de um produto e saiba: uma loja é um péssimo local para decidir o que você realmente precisa comprar.

5. COM CARTÃO VOCÊ GASTA MAIS
Ao contrário do que cantam na propaganda, cosa triste não é usar dinheiro, mas o cartão. Manoj Thomas, Ph.D. em marketing da Universidade de Cornell, nos EUA, mostrou isso numa pesquisa sobre o consumo de mil famílias durante 6 meses. O estudo indica que, ao usar dinheiro de plástico, consumidores tendem a gastar mais. Bem mais.

Quando pagaram em espécie, a média para cada compra foi de US$ 38. Com cartão de débito, pulou para US$ 60 e com o de crédito, quase dobrou: US$ 68. Detalhe: os itens comprados a mais quase sempre eram doces, balas e junk food. Outros experimentos confirmam o papel de vilão do cartão. Um deles, conduzido pelo MIT, mostrou que, quando só há a opção de pagar com crédito, tende-se a gastar o dobro do que se desse pra usar dinheiro.

Os cientistas chamam isso de “contabilidade mental”: inconscientemente, atribuímos uma dor menor ao gasto com cartão, o que nos leva a abrir mais a mão. No fim das contas, bala de troco até que não é tão ruim.

O QUE FAZER
Saque dinheiro antes de comprar e use o cartão somente para as despesas grandes (que podem se reverter em milhagem) ou quando não dá para pagar em espécie (compras online, por exemplo).

6. QUANDO R$ 1 NÃO VALE R$ 1
> 1. Você vai a uma loja comprar um abajur por R$ 100 mas descobre que, na filial a 5 quarteirões, o mesmo abajur está em promoção por R$ 65. Você anda até lá?
> 2. Desta vez, você está comprando um conjunto de mesas e cadeiras por R$ 1.775 mas descobre que, a 5 blocos dali, é vendido por R$ 1.740. Você anda até lá?

“A maioria responde ‘sim’ na situação 1 e ‘não’ na 2. Acontece que a decisão é a mesma: andar 5 quadras para poupar R$ 35”, diz Gary Belsky, especialista em economia comportamental. O exemplo usado em seus seminários mostra outra tendência da mesma “contabilidade mental” do item anterior. Tratamos a mesma soma de dinheiro como se tivesse valor diferente em compras caras. Por mais que alguém considere um absurdo gastar R$ 1 mil em um aparelho de som para o carro, adicionar esse gasto em um carro novo de R$ 35 mil parece menos doloroso. Outro exemplo é o seguro contra danos para computador na hora da compra. Em que outro momento você pensaria na possibilidade de ir atrás desse seguro?

O QUE FAZER
Divida compras em pequenas partes. Vai comprar um computador de R$ 2 mil? Pense se pagaria R$ 400 por um upgrade para colocar um pouco mais de memória. Você iria até uma loja gastar R$ 150 em uma capa plástica para ele? Gastaria R$ 200 num mouse em vez de R$ 50 só porque ele é sem fio?

7. MUDE DEMAIS E PERCA DINHEIRO
O investidor que se informa constantemente sobre ações ou fundos e sempre muda seu portfólio em busca dos que dão mais lucro se sai muito melhor do que aquele paradão, certo? Errado. Em um estudo que virou referência, o professor Ph.D. em contabilidade Ilia Dichev, da Emory University (EUA), mostrou que quem pula de galho em galho acaba levando um belo tombo — e olha que ele foi atrás de dados na bolsa desde 1926. Segundo pesquisas, o grupo que mais muda seus investimentos ganha quase metade da média.

E o problema só piorou: “A internet aumentou o número de vendas e reduziu os ganhos. Com pouca informação, as pessoas acham que sabem muito e tendem a fazer mais transações. E piores negócios”, diz o Ph.D. em marketing Frank Yates, da Universidade de Michigan. Para se ter ideia de como isso atrapalha, de 1988 a 2008, os fundos de ações dos EUA tiveram lucro médio de 8,4% ao ano. “Mas os investidores desses fundos ganharam apenas 1,9% porque ficaram entrando e saindo de aplicações da moda”, diz Gary Belsky.

O QUE FAZER
As chances de um amador obter rendimento acima da média são as mesmas de vencer o Neymar numa pelada. Compre ações recomendadas por um especialista e, a não ser que elas estejam caindo durante muito tempo, deixe-as lá no médio prazo — você não ganha nada mudando de mês em mês seu portfólio.

8. NÃO MUDE NADA E TAMBÉM PERCA DINHEIRO
Você já viu no item anterior que em time que está ganhando não se mexe. Mas, quando ele está perdendo de lavada, tem que mudar. O investidor-padrão não faz nenhum dos dois. Após analisar aplicações de 10 mil contas ao longo de 7 anos, pesquisadores da Universidade da Califórnia observaram que as pessoas têm a mania de vender rápido demais quando a aposta está dando lucro e demorar muito para se desfazer dela quando está dando prejuízo — na esperança de uma volta por cima. As ações vendidas analisadas, no fim das contas, tiveram um desempenho bem melhor que as mantidas. Ou seja, os investidores bobearam.

“Odiamos perder, e usamos uma parte diferente do cérebro quando o mercado vai mal”, sintetiza o especialista em mercado Mebane Faber, um dos primeiros a descobrir o fenômeno. Faber se refere à “aversão à perda”, conceito da economia comportamental que diz que o prejuízo virtual é mais fácil de engolir. “Reconhecemos ganhos rapidamente — faz nos sentirmos espertos. Mas relutamos em reconhecer prejuízos, porque isso traz dor”, diz o americano Meir Statman, autor do livro What Investors Really Want (O que os investidores realmente querem, sem edição em português).

O QUE FAZER
Avalie as suas aplicações por períodos longos (de pelo menos 3 meses) antes de decidir qualquer coisa e veja se as perdas são constantes. Se forem, não tenha medo de vendê-las.

9. SEJA MENOS PREGUIÇOSO PARA MUDAR
Nem sempre a grama do vizinho é mais verde. Na verdade, temos uma tendência a superestimar um objeto se ele nos pertence e de subestimar se é do outro. Em um estudo, metade dos estudantes da Universidade de Cornell recebeu canecas da faculdade, a outra metade não. Na média, os com-caneca estimavam que ela custava o dobro do valor chutado por quem não recebeu.

Anúncios que oferecem um período de testes ou garantia do seu dinheiro de volta nada mais são do que vendedores aproveitando essa tendência, chamada de viés de status quo. Uma vez que você está com o produto, inconscientemente atribui a ele um valor maior, o que torna improvável que vá devolvê-lo. Isso nos leva a comer bola quando recebemos alguns meses grátis de algum serviço. No automático, nossa tendência é não cancelar e nem mudar nada, mesmo que isso signifique perder dinheiro. Se você já entrou num leilão online, percebeu que costuma se colocar um preço bem abaixo do real. Estimulando mais gente a dar o lance inicial, aumenta a chance de que o lance final seja maior. “Assim, mais pessoas vão sentir que o produto é seu e terão dificuldade de sair da disputa”, diz Thomas Gilovich, um dos maiores especialistas atuais em economia comportamental.

O QUE FAZER
Saber que uma escolha já foi tomada faz com que coloquemos um valor maior nela. Pense nas decisões como se fossem sempre a partir do zero. Se tivesse de optar entre comprar ou não esta Galileu, por exemplo, você compraria? Mas claro que sim – afinal, você leu quase toda a matéria de capa!

10. QUANTO MAIS OPÇÕES, MENOS DECISÃO
Ao se deparar com muitas opções na hora da compra, é comum que o consumidor se canse e deixe pra lá. Ou que pegue o primeiro produto que vê pela frente, para evitar a fadiga. Num dos estudos pioneiros a mostrar isso, psicólogos perguntaram a estudantes de Princeton o que fariam se quisessem um CD player e vissem um aparelho Sony por US$ 99 (uma barganha em 1992, ano da pesquisa). Dois terços disseram que comprariam na hora e 33% que pesquisariam outros modelos. Outro grupo viu dois aparelhos: um Sony e um Aiwa, por US$ 159 (outro bom negócio). Dar opções, em vez de reduzir, aumentou o número de indecisos: 46% decidiram esperar. Quanto mais opções, mais chance de indecisão — e de perder um bom negócio.

Os psicólogos chamam isso de paralisia de decisão. “Empresas estão reduzindo o número de marcas, porque gera confusão no consumidor. Ou ele adia ou simplifica demais a escolha”, afirma Fábio Mariano Borges, professor do núcleo de ciências do consumo da ESPM. Deixar de comprar algo que está anunciado por um bom preço ou levar o primeiro que aparece por preguiça pode ser evitado ao se reduzir a quantidade de produtos analisados. Melhor não ficar lendo centenas de resenhas. “Se parar para ver cada um dos detalhes, não vai fazer uma boa decisão”, diz Fischhoff, da Universidade de Carnegie Mellon.

O QUE FAZER
No meio de 400 fatores para escolher, eleja alguns mais importantes e se guie por eles. Se vai escolher um hotel, por exemplo, pense só no preço, localização e conforto do quarto, em vez de se perder em uma comparação do cardápio de café da manhã, da piscina e da academia.
A manipulação “para o bem”
Especialistas defendem usar as tendências irracionais para empurrar as pessoas em direção às escolhas que acham corretas

Estudos recentes comandados pelo Ph.D. em marketing Brian Wansink, da Universidade de Cornell, mostram que pequenas alterações na cantina da escola podem mudar os hábitos de consumo das crianças. Colocar as frutas perto do caixa ou obrigar que compras de doces só possam ser pagas com dinheiro em espécie, mostram as pesquisas, aumentam bastante o consumo de alimentos saudáveis. A ideia vem de uma corrente da economia comportamental que defende o que chamam de nudge, um empurrãozinho para que as pessoas tomem as decisões corretas — pelo menos as que os pesquisadores acham corretas. Em português mais claro, defendem que as escolhas sejam manipuladas.

Isso funciona tirando proveito de algumas tendências irracionais que temos como pegar o primeiro produto que está na frente, gastar menos quando é com dinheiro em espécie, ou ter preguiça de mudar. Uma das propostas já adotadas por empresas, por exemplo, é aproveitar o fato de que as pessoas tendem a não mudar a escolha-padrão dos contratos, para estimulá-las a entrar em planos de previdência considerados vantajosos. Neste caso, o funcionário teria de pedir para ficar de fora do plano de previdência (o que, de acordo com estudos, poucos acabam fazendo), em vez de optar por adquirir o benefício. A mesma lógica serve para os que defendem que na carteira de habilitação a pessoa tenha que optar por não ser doadora de órgãos.

A ideia tem sido incorporada em projetos apresentados no Congresso dos Estados Unidos e é considerada um mecanismo eficiente de ajudar a evitar que as pessoas sejam levadas a escolhas ruins por não pararem para pensar no assunto.“É mais fácil fazer com que uma pessoa escolha de uma determinada maneira do que esperar que ela pense sobre seu consumo de maneira consciente”, diz Wansink.

Dois dos maiores defensores desse tipo de manipulação são o economista americano Richard Thaler, da Universidade de Chicago, e o especialista em direito Cass Sunstein, de Harvard, que a chamam de “paternalismo libertário”. “Não é possível evitar influenciar a escolha das pessoas. Em muitas situações, mesmo que você não saiba, vai ter de fazer uma opção que modifica o comportamento de alguém”, escrevem em seu livro Nudge (sem edição em português). O apelo da ideia de manipular sem proibir que a pessoa escolha outras opções tem sido grande. Para aplicar alguns desses conceitos, Sunstein virou assessor de Obama e Thaler conselheiro do governo do Reino Unido.

Só que essa manipulação está longe de ser consenso. “Em vez disso, os governos deveriam educar seus cidadãos a pensar criticamente. Eu ensino doutores e juízes a entender riscos e incertezas para tomar melhores decisões e sei que é possível. Não há razão para o paternalismo libertário”, critica o psicólogo alemão Gerd Gigerenzer, que há mais de 20 anos estuda o viés irracional de nossas decisões.

Um dos pioneiros da pesquisa na área, o Ph.D. em psicologia Baruch Fischhoff, vê a ideia com algumas restrições. “Temos obrigação ética de informar a população, mas sabemos que nem sempre adianta, o que justificaria uma manipulação sutil. Mas a questão que eu faria antes de fazer isso é a seguinte: nós não estamos desistindo das pessoas rápido demais?”

Fonte: Revista Galileu